Tratamento da Depressão

Depressão resistente


Uso da escetamina no tratamento da depressão resistente ao tratamento


Nomes comerciais

A escetamina é comercializada sob os nomes Spravato® (spray nasal) e Ketamin® (solução injetável para administração subcutânea). Esses medicamentos são utilizados no tratamento da depressão resistente ao tratamento (DRT) e, em alguns casos, para transtornos depressivos associados ao risco de suicídio.


Nome da molécula

A escetamina é a forma S(+)-enantiômero da cetamina, uma substância amplamente utilizada como anestésico dissociativo. Sua estrutura e propriedades farmacológicas conferem um efeito antidepressivo rápido e potente.


Vias de administração

A escetamina pode ser administrada por duas vias principais:


Intranasal – na forma de Spravato®, permite um efeito rápido, com absorção significativa e metabolização hepática minimizada em comparação com a administração intravenosa.


Subcutânea – na forma de Ketamin®, utilizada off-label em protocolos de tratamento da depressão resistente, proporcionando absorção gradual e efeito prolongado.


Mecanismo de ação

A escetamina atua primariamente como antagonista do receptor NMDA (N-metil-D-aspartato), levando a um aumento na neuroplasticidade e na transmissão glutamatérgica. Essa ação resulta na formação de novas conexões sinápticas no cérebro, o que contribui para um alívio rápido dos sintomas depressivos, muitas vezes dentro de poucas horas após a administração.


Contraindicações

O uso da escetamina é contraindicado em algumas condições, incluindo:


Hipertensão arterial descontrolada – devido ao risco de picos hipertensivos.


Histórico de aneurismas ou AVC – pelo potencial aumento da pressão arterial e da atividade cerebral excitatória.


Pacientes com transtornos psicóticos – pois pode precipitar ou agravar sintomas psicóticos.


Uso concomitante de substâncias depressores do sistema nervoso central – como benzodiazepínicos em doses elevadas, devido ao risco de depressão respiratória.


Gestantes e lactantes – por falta de estudos de segurança adequados nessas populações.


A escetamina representa um avanço significativo no tratamento da depressão resistente ao tratamento, oferecendo opções com efeito rápido e mecanismo de ação inovador. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado por profissionais de saúde, garantindo segurança e eficácia para os pacientes.